sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Câncer do Colorretal

DR. ANDRÉ SIQUEIRA MATHEUS
Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo Especialista em Cirurgia Laparoscópica
Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo
Especialista em Cirurgia Geral





O intestino grosso é a parte final do intestino, onde o bolo alimentar chega após a maior parte dos nutrientes já terem sido absorvidas no intestino delgado. Lá são absorvidos água e eletrólitos e são formadas as fezes. O intestino grosso é dividido nas seguintes partes: cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. Após o sigmóide, começa o reto, que termina no canal anal.


O câncer colo-retal abrange tumores que atingem o cólon e o reto. Tanto homens como mulheres são igualmente afetados, sendo uma doença tratável e freqüentemente curável quando localizada no intestino (sem extensão para outros órgãos).
Epidemiologia


O câncer colo-retal é a terceira causa mais comum de morte por câncer no Brasil. Possui maior incidência na faixa etária entre 50 e 70 anos, mas as possibilidades de desenvolvimento já aumentam a partir dos 40 anos.


Fatores de Risco


Os principais fatores de risco são: idade acima de 50 anos; história familiar de câncer de cólon e reto; história pessoal pregressa de câncer de ovário, endométrio ou mama; dieta com grande quantidade de gordura e carne e baixa quantidade de fibras; obesidade e sedentarismo. Também são fatores de risco doenças inflamatórias do cólon como retocolite ulcerativa crônica e Doença de Cronh; algumas condições hereditárias (Polipose Adenomatosa Familiar (FAP)e Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose (HNPCC).


Prevenção


Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio, folato e pobre em gorduras animais é considerada uma medida preventiva. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcóolicas deve ser evitada. Como prevenção é indicada uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos.


Detecção Precoce


O câncer colo-retal quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura, diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor. Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter a colonoscopia.
Para indivíduos com histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e reto, portadores de doença inflamatória do cólon (retocolite ulcerativa e Doença de Chrohn) e de algumas condições hereditárias (FAP e HNPCC) devem procurar orientação médica.


Sintomas


Indivíduos acima de 50 anos com anemia de origem indeterminada e que apresentam a suspeita de perda crônica de sangue no hemograma, devem realizar endoscopia gastrointestinal superior e inferior. Outros sintomas que podem ocorrer são dor abdominal, massa abdominal, melena, constipação, diarréia, náuseas, vômitos, fraqueza e tenesmo.


Diagnóstico


O diagnóstico da doença é feito através de biópsia endoscópica (colonoscopia) com estudo histopatológico.


Após o diagnóstico, exames são realizados para avaliar a extensão da doença (Tomografia computadorizada de abdome total e tórax, marcadores tumorais, principalmente. Outros exames são realizados de acordo com a sintomatologia do paciente. O PET CT pode ser útil), tais exames são importantes para o planejamento do tratamento.





Tratamento


A cirurgia faz parte do tratamento curativo do câncer colo-retal, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios próximos a esta região (linfadenectomia). A cirurgia pode ser realizada por via aberta ou videolaparoscópica (cirurgia realizada através de pequenos orifícios na parede abdominal com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos especiais). Esta segunda alternativa é menos agressiva, provoca menos dor e permite uma recuperação mais rápida.


A radio e quimioterapia fazem parte do arsenal de tratamento do câncer colo-retal e pode ser utilizada antes ou após a cirurgia dependendo da localização do tumor e o seu grau de crescimento.


A presença de metástases para fígado, pulmão ou outros órgãos não contra-indica o tratamento cirúrgico, além disso, tais metástases devem ser tratadas também de forma cirúrgica.

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