sexta-feira, 8 de março de 2013

Tuberculose


do ALFABETO DA SAÚDE

A tuberculose é uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data que continua a afligir a humanidade.

Estima-se que a bactéria causadora tenha evoluído há cerca de 15 mil anos, a partir de outras bactérias do tipo Mycobacterium.

O microorganismo causador da doença é o bacilo de Koch, cientificamente denominado Mycobacterium tuberculosis.

A tuberculose é considerada uma doença socialmente determinada, já que a sua ocorrência está diretamente associada à forma como se organizam os processos de produção e de reprodução social, assim como à implementação de políticas de controlo da própria doença.

Processo de disseminação da tuberculose 

1ªfase: Apesar de atingir vários órgãos do corpo, a doença só é transmitida por quem estiver infectado com o bacilo nos pulmões. 

2ªfase: A disseminação acontece pelo ar. O espirro de uma pessoa infectada lança no ar cerca de dois milhões de bacilos. Através da tosse, libertam-se cerca de 3,5 mil partículas. 

3ªfase: Os bacilos da tuberculose permanecem em suspensão no ar durante horas. Quem respira num ambiente onde esteve uma pessoa infectada com tuberculose corre o risco de contágio. 

Processo inflamatório 

O indivíduo que entra em contato pela primeira vez com o bacilo de Koch não tem, ainda, resistência natural. Mas adquire.

Se o organismo não estiver debilitado, consegue matar o microorganismo antes que este se instale como doença. É, também, estabelecida a proteção contra futuras infecções pelo bacilo.

Tuberculose primária 

Após um período de 15 dias, os bacilos passam a multiplicar facilmente nos pulmões, pois ainda não há proteção natural do organismo contra a doença.

Se o sistema de defesa não conseguir encurralar o bacilo, instala-se a tuberculose primária, caracterizada por pequenas lesões (nódulos) nos pulmões. 

Caverna tuberculosa 

Com o tempo e sem o tratamento adequado, o avanço da doença começa a provocar sintomas mais graves.

Neste estádio da doença, os bacilos cavam as chamadas cavernas tuberculosas, no pulmão, que costumam inflamar com frequência e sangrar.

A tosse, nestes casos, não é seca, mas com pus e sangue. É a chamada hemoptise. 

Porquê nos pulmões? 

Como o bacilo de Koch se reproduz e desenvolve rapidamente em áreas do corpo com muito oxigénio, o pulmão é o principal órgão atingido pela tuberculose. 

Os sintomas são: 

- Tosse cronica (o grande sintoma da doença é a tosse que persiste por mais de 21 dias) 

- Febre 
- Suor noturno abundante 
- Dor no tórax 
- Perda de peso lenta e progressiva 
- Perda de apetite e adinamia (o doente fica sem disposição para as atividades normais do seu cotidiano).

Tratamento

A prevenção usual é a vacina BCG, que aplicada nos primeiros 30 dias de vida é capaz de proteger contra as formas mais graves da doença.

Se houver contaminação, o tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida.

O tratamento dura cerca de seis meses. Se o doente com tuberculose tomar a medicação correctamente, as hipóteses de cura chegam a 95%. É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam.

Principais grupos de risco 

À semelhança de outras doenças de caráter infecto-contagioso, existem grupos que, condicionados por fatores demográficos, representam uma maior taxa de risco.

São eles os profissionais de saúde, reclusos, sem-abrigo (que se têm mantido em proporções estáveis) e os toxicodependentes e imigrantes (que reduziram para, respectivamente, 20 e 29% nos últimos cinco anos).

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Oleh

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