sexta-feira, 8 de março de 2013

Varizes


DR.LUIZ HENRIQUE COELHO
Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular
Especialista em Angiorradiologia

As varizes são veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas, caracterizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo, com maior incidência no sexo feminino.

As principais queixas clínicas dos pacientes são: dor tipo "queimação" ou "cansaço", sensação das pernas estarem pesadas ou ardendo, edema (inchaço) das pernas, principalmente ao redor do tornozelo, que, freqüentemente, melhoram com a elevação dos membros inferiores e agravam-se no fim do dia, quando se permanece por longo tempo em pé ou sentado, no calor, nos períodos próximo ou durante a menstruação e também durante a gravidez.

Não existe nenhuma relação estabelecida entre a formação de varizes e depilação ou uso de salto alto, assim como não há influência com relação a carregar peso. Subir escada pode ser considerado até um exercício físico, portanto, ajuda a incrementar o retorno venoso. 

A ginástica, desde que recomendada pelo médico e acompanhada por profissionais do ramo, não só não provoca varizes como também é bastante aconselhável para evitá-las. Quanto à  musculação, desde que não seja exagerada, não tem contra-indicação.

Dicas úteis para evitar varizes:

- Evitar ganhos exacerbados de peso. EMAGREÇA!!!
- Dieta rica em fibras para evitar a constipação intestinal.
- Procurar não permanecer muito tempo parado em pé ou sentado.
- Não usar cintas abdominais apertadas.
- Realizar caminhadas e/ou exercí­cios fí­sicos com supervisão médica. 
- NÃO FUMAR!!!
- Utilizar sistematicamente meias elásticas, principalmente durante a gravidez.

- Evitar hormônios anticoncepcionais.

 Quando as medidas de precaução não são suficientes, o seu médico poderá indicar um ou vários dos tratamentos abaixo:

Escleroterapia química – é provavelmente a técnica usada há mais tempo. Muito utilizada para as microvarizes ou vasos e para as varizes de calibre muito pequeno. Consiste na injeção de substancias esclerosantes que expulsam o sangue para as veias normais e entopem as veias que estão sendo tratadas. Embora essas injeções precisem ser repetidas em algumas veias, a escleroterapia costuma ser muito eficaz e com excelentes resultados quando realizada por médicos experientes.

Cirurgia – as cirurgias de varizes estão cada vez menos agressivas. A grande maioria das varizes pode ser realizada hoje através de mini-incisões e o tempo de internação hospitalar raramente precisa passar de 24 horas. As varizes retiradas numa cirurgia não provocam danos à circulação, uma vez que as outras veias normais e o sistema venoso profundo normal se encarregam de garantir o fluxo de retorno.

Laser escleroterapia – a escleroterapia com laser está em evolução e ainda não substitui a escleroterapia química. Não pode ser aplicada em todos os tipos de pele e ainda não dá bom resultado nos vasos de calibre maior. Novas tecnologias com laser em desevolvimento poderão ampliar a sua utilização. No Brasil alguns médicos fazem o tratamento misto: laser e injeções.

Laser endovenoso – consiste na introdução de cateter com laser dentro das varizes, em especial dentro das safenas dilatadas, com a intenção de destruí-las ("secá-las") pelo calor. Pode ser utilizado com anestesia local e sedação ou bloqueio (raqui/peridural), dependendo de cada caso. É minimamente invasivo e permite o rápido restabelecimento pós-operatório.

Radiofreqüência – é a mesma técnica anterior usando o calor produzido por cateteres dotados de dispositivo de RF (radio-freqüência).

Naqueles pacientes com varizes volumosas que não desejam ou não podem fazer nenhum dos tipos de tratamento citados, pode ser empregado o tratamento clínico com medicamentos, elevação dos membros inferiores e, fundamentalmente, o uso de meia elástica.   

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