domingo, 14 de dezembro de 2014

Diabetes mellitus

DR.WALTER MINICUCCI
Médico especialista em Endocrinologia

O Diabetes Mellitus é um dos maiores problemas de saúde publica em muitos paises. Além de já ser um grande problema atual, a preocupação ainda é maior por conta de que o número de pessoas acometidas pela doença não para de aumentar .
Caso não se seja capaz de descobrir uma maneira eficiente de se modificar a situação , o numero de doentes irá duplicar nos próximos trinta anos .No Brasil se admite que hoje existam entre 8 e 10 milhões de diabéticos.

As medidas, já sabidas para conter o aumento da prevalência da forma clinica mais freqüente(90% dos casos), a do Tipo 2 , são conhecidas porém de muito difícieis de serem adotadas.Esta forma que acomete preferencialmente os adultos, tem um componente hereditário muito importante, mas na maioria das vezes necessita a existência de fatores ambientais para que a doença surja . Os componentes ambientais mais importantes para que isto aconteça, são o excesso de peso , a sedentariedade e o estresse emocional. Condições estas cada vez mais freqüentes e intensas no mundo atual, e extremamente difíceis de serem modificadas.

Por conta disso, nenhum país sequer conseguiu diminuir a velocidade de crescimento do seu numero de doentes.Alguns medicamentos tem sido usados com a finalidade de evitar o surgimento do Diabetes.

Os seus resultados são inferiores aos obtidos com a adoção de modificações de estilo de vida : perda de peso e atividade física regular. É importante ressaltar que para se obter os benefícios que o exercício físico proporciona o equivalente a 150 minutos de caminhada por semana já são o suficiente. Por outro lado , a outra forma da doença o Tipo 1 responsável por 5 a 10% dos casos , e que geralmente é diagnosticada antes dos 15 anos de idade, também tem a sua incidência aumentando. Os motivos porque isto vem ocorrendo são desconhecidos.

Nesta forma de apresentação três componentes são envolvidos: herança , um fator desencadeante e a formação de substancias (anticorpos ) que irão agredir e destruir as células produtoras de insulina.Como aqui o componente hereditário aqui, tem menor importância. Uma mãe portadora da doença, tem apenas 1% de chance de ter um filho acometido pelo problema , os esforços tem se concentrados nos outros dois componentes . O fator desencadeante é provavelmente de natureza viral .

Todas as tentativas de identificá-lo ou evita-lo tem sido fracassadas . O terceiro componente , é autoimunidade , ou seja , o organismo produz, erradamente, substancias que vão destruir as células beta que secretam o hormonio insulina .

As medidas terapêuticas seriam as mesmas adotadas para evitar a rejeição nos casos de transplantes, drogas inibidoras da imunidade . Aqui também não se tem conseguido sucesso . O grande problema da doença, são as complicação que ela pode acarretar . Complicações estas, que podem prejudicar severamente a qualidade de vida em alguns doentes e diminuir às suas sobrevidas. As artérias coronárias e cerebrais, os rins os olhos são os órgãos mais frequentemente acometidos . As ultimas pesquisas tem demonstrado que o controle metabólico mais rigoroso é muito importante nos primeiros anos de doença ou seja os pacientes que assim se comportam evoluírão muito melhor, do que os menos controlados .

Esta diferença se mantém durante toda vida, mesmo quando não mais existir um bom controle . Por outro lado também se demonstrou que nos pacientes com tempo de doença e que já apresentam inicio de complicações, o controle metabólico rigoroso não melhora o seu prognóstico quanto a problemas cardiovasculares (coronários e cerebrais) Assim as recomendações das ultimas pesquisas, são o oposto do que ocorre na maioria dos pacientes, que só começam a se tratar melhor quando a complicação aparece.

Colaborou
Dr. Ney Cavalcanti - Professor de Endocrinologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Pernambuco,Vice-Presidente da SBD, Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

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