do ALFABETO DA SAÚDE
Doença mieloproliferativa provocada pela fusão de dois genes nos cromossomas 9 e 22, a leucemia mieloide crônica é uma das doenças que mais afeta os adultos entre os 40 e os 50 anos. Apesar de se poder manifestar em todas as idades, esta variante de leucemia crônica é mais comum em pessoas de meia idade e idosos. É responsável por 15 a 20% de todos os casos de leucemia entre a população ocidental.
"É causada por uma mutação específica que gera uma enzima com atividade anómala que leva à divisão das células malignas. Com o tempo, acumulam mais erros genéticos e a doença pode transformar-se numa leucemia aguda difícil de tratar", afirma o hematologista Antônio Almeida.
Sintomas
"Muitas vezes, descobre em análises de rotina com glóbulos brancos altos mas, às vezes, os doentes podem ter dores abdominais devido ao baço aumentado ou hemorragias", afirma.
Tratamento
"Alguns doentes podem ser curados com transplante de medula mas isto é uma opção somente para cerca de 15% dos casos e, mesmo nestes, não está indicada para todos. O tratamento consiste em medicação oral que inibe a enzima defeituosa desta doença, que tem resultados muito bons em eliminar as células leucémicas e prolongar a sobrevivência dos doentes", diz o médico, hematologista.
Quais as consequências mais graves?
"Transformação para leucemia aguda e morte. Mas, com os novos tratamentos, 95% dos doentes estão vivos após 10 anos de diagnóstico", diz.
Quais os cuidados que os doentes devem ter?
"Apesar de potencialmente grave, a Leucemia é, agora, uma doença crónica que permite uma vida normal aos que dela sofrem. O mais importante é não falhar a medicação porque só assim é que se consegue prevenir a sua progressão para leucemia aguda", alerta Antônio Almeida, médico hematologista.
Leucemia Mielóide Crônica
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Oleh
da Redação