quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Linfoma não Hodgkin


DR. DRÁUZIO VARELLA
Médico Oncologista

Linfoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos linfonodos (ou gânglios). Ocorre quando uma célula normal do sistema imune encarregado de defender o organismo de infecções, chamada linfócito, cresce desordenadamente, sem parar, e espalha-se pelos linfonodos, em especial, pelos da região do pescoço, axilas e virilha, mas também pela medula óssea, baço, fígado e trato gastrintestinal.

Os linfomas podem ser classificados basicamente em dois grandes grupos: linfomas Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH). Nos dois casos, eles têm comportamento e grau de agressividade diversos.

Existem mais de 20 tipos diferentes do linfoma não Hodgkin, classificados de acordo com o tipo de célula linfoide e o comportamento biológico: os indolentes, com evolução lenta, e os agressivos, de crescimento rápido e mais invasivos.

A incidência tem aumentado nos últimos anos. Embora possa manifestar-se em pessoas de qualquer idade, parece que atinge mais os homens do que as mulheres com idade superior a 60 anos.

Causas e fatores de risco

Não se conhecem as causas do linfoma não Hodgkin. No entanto, já foram estabelecidas algumas associações com os seguintes fatores de risco:

a) infecção pelos vírus HIV, Epstein-Barr e HTLV1, e pela bactéria Helicobacter pylori;

b) exposição a agentes químicos, entre eles, os herbicidas, fertilizantes, inseticidas, pesticidas e solventes;

c) exposição a altas doses de radiação.

Sintomas

Os principais sintomas do linfoma não Hodgkin são o aparecimento de linfonodos aumentados na região do pescoço, axilas e virilha, febre, perda de peso, sudorese abundante à noite, prurido (coceira), inapetência e cansaço.

A disseminação do tumor pode provocar sintomas correlacionados com os órgãos atingidos: tosse e falta de ar (pulmões); icterícia (fígado), dificuldade para urinar (rins), distensão abdominal, entre outros.

Diagnóstico

O diagnóstico do linfoma não Hodgkin é feito pela biópsia do tecido de um linfonodo ou de um órgão com sinais da doença. É importante estabelecer o diagnóstico diferencial com o linfoma Hodgkin e alguns tipos de leucemia.

Uma vez instituído o diagnóstico, exames de imagem, como RX de tórax, tomografia, ressonância magnética e PRT-CT são úteis para determinar o estadiamento da doença, isto é, a sua extensão e a localização das áreas do organismo atingidas. O prognóstico será tanto melhor, quanto mais inicial for o estágio da doença.

Tratamento

Linfomas não Hodgkin costumam responder bem ao tratamento com quimioterapia, associada ou não à radioterapia e à imunoterapia com os anticorpos monoclonais e citoquinas.

Quando essas abordagens terapêuticas não atingem os resultados desejados e nas recidivas da doença, o transplante de medula óssea é um recurso a ser considerado.

Recomendações

Como ainda não foram descobertas formas eficazes de prevenir o aparecimento dos linfomas não Hodgkin, é importante estar atento às seguintes recomendações:

* Procure assistência médica se notar a presença de linfonodos aumentados em diferentes áreas do corpo, mesmo que eles não doam nem incomodem. Não se automedique;

* Não fume;

* Pratique exercícios físicos;

* Adote uma dieta balanceada. Não fuja das frutas e verduras.

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