quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Lombalgia


DR. GLAUCO SIQUEIRA
Fisoterapeuta

A coluna vertebral tem como função principal a sustentação do esqueleto humano. Ela deve ser flexível, mas também deve ser forte e rígida, especialmente quando sob carga, para manter as relações anatômicas e proteger os elementos neurais. A capacidade de desenvolver essa função sem comprometimento é a essência da estabilidade. Para tanto, a estabilidade da coluna vertebral é iniciada a partir de vários fatores como sistemas osteoligamentar e neuromuscular, por exemplo, que produzem reações equilibradas para permitir à coluna vertebral cumprir o seu papel de sustentação satisfatoriamente sem quaisquer prejuízos.

As patologias da coluna vertebral geram alterações em sua estrutura e função, e estão comumente associadas à presença da dor. Geralmente, existe a predominância de dor na coluna lombar. Mesmo sem a existência de doenças ortopédicas ou reumáticas associadas, as dores lombares tem sido um achado cada vez mais comum.

A incidência e a prevalência da dor lombar são de tal modo elevadas que passou a ser considerada como causa de grandes prejuízos econômicos, representando a queixa mais observada nos serviços de saúde. As dores lombares se situam entre as 20 queixas mais comuns em adultos que procuram o serviço médico público. Atualmente compreende uma importante causa de afastamento do trabalho e de benefícios requeridos à Previdência, em razão da deficiência funcional causada.

Cerca de 80% da população, em algum momento de sua vida, já apresentou ou ainda apresentará episódio de dor lombar. Estudos prospectivos demonstram que os problemas lombares não dispõem de um padrão de recuperação espontânea. A condição biomecânica do indivíduo acometido pela dor lombar crônica piora regularmente influenciada por fatores físicos e psicológicos.

A dor modifica e limita aspectos da qualidade de vida, porquanto impõe ao seu portador mudanças que causam transtornos pessoais, conflitos sociais e perdas afetivas, familiares, da autonomia e interrupção dos projetos de vida.

Normalmente, a região do corpo que está em disfunção somática (ou osteopática) encontra-se em estado de HIPOMOBILIDADE, gerando compensações de estruturas vizinhas que entram em estado HIPERMOBILIDADE, as quais geralmente compreendem o local em que o paciente refere a dor. Essa dor pode ter várias possibilidades de causas diferentes (trauma direto, dores referidas por diversos fatores, etc.) sendo a dor na coluna lombar apenas consequência das adaptações e compensações que o corpo sofreu.

Sendo assim, o tratamento apenas da região lombar (tratamento mais localizado), muitas vezes, não produz o resultado esperado, de modo que os sintomas persistem e a lombalgia assume uma forma mais crônica (a partir de 03 meses). Por essa razão, no tratamento osteopático, uma das características mais evidentes e fundamentais é a avaliação buscando identificar o mecanismo lesional (a causa do problema) para, a partir daí, aplicar as técnicas próprias de modo muito específico e analítico em cada tipo de estrutura do corpo relacionado ao problema.

Se você sofre desse mal, não tente “se acostumar com a dor” ou realizar auto-tratamento e NÃO faça uso de medicamentos SEM prescrição médica. Procure ajuda de um profissional de sua confiança.

DR. Glauco Siqueira
www.drglauciosiqueira.com

Postagens relacionadas

Lombalgia
4/ 5
Oleh

Assine via e-mail

Por favor inscreva-se para receber as ultimas postagens no e-mail.