sábado, 9 de março de 2013

Cólica forte na adolescencia não é Normal


RODRIGO CRUZ
do PUC, direto de São Paulo, (SP)


Cólicas fortes em meninas adolescentes não é normal e pode ser sinal de endometriose. De acordo com especialistas, a endometriose é caracterizada pela presença de células do endométrio - tecido que cobre a camada interna do útero - fora da cavidade uterina e acomete cerca de 10% a 15% das mulheres no menacme (período reprodutivo). Médicos classificam a endometriose como a doença ginecológica mais benignas e frequentes nas mulheres.

A doença foi relatada em 1917, seu diagnóstico é feito através do quadro clínico. "O diagnóstico é feito através do quadro clínico (sintomas específicos), de exame físico ginecológico adequado (toque vaginal), exames de imagem (como ultra-som trans-vaginal e ressonância nuclear magnética da pelve) e, finalmente, confirmado pela cirurgia laparoscópica, realizada por meio de pequenas incisões.", afirma o médico ginecologista Dr. Giuliano Borrelli.

"Entre os sintomas mais importantes, destacam-se as fortes cólicas menstruais, dores nas relações sexuais, dor pélvica crônica e infertilidade. O ginecologista Giuliano Borrelli, alerta que dores na região pélvica e cólica menstrual freqüente são, muitas vezes, os primeiros sintomas da endometriose. "Mas também dores para evacuar e sangramento nas fezes que aparecem ou pioram no período menstrual podem sinalizar o acometimento intestinal da doença, forma mais severa e de difícil tratamento", afirma o doutor. Da mesma forma que agride o intestino, pode também atingir outros órgãos como bexiga, vagina, colo do útero e ligamentos uterinos.", disse o especialista.

Ainda de acordo com o especialista, São conhecidas três formas diferentes de apresentação dessa doença: a primeira delas é a endometriose ovariana, que se caracteriza pela formação de cistos nos ovários (endometriomas). Essa variedade pode estar associada à infertilidade, porém, raramente é causa de dor importante. É considerada pelos médicos como a forma mais comum e que, na maioria das vezes, dependendo do tamanho, deve ser tratada cirurgicamente por meio da remoção dos cistos.

Nenhum tratamento pode curar definitivamente a endometriose, a não ser a retirada de ambos os ovários, o que teoricamente acabaria com a fonte hormonal que mantém a doença ativa e faz proliferar os focos de endometriose. No entanto, este procedimento não é muito adequado para a grande maioria das portadoras da doença, que são jovens e sofreriam conseqüências danosas com a falta de estrogênio causada pela ausência dos ovários.

"Não existe cura para endometriose, é importante que as pacientes portadoras sejam diagnosticadas e tratadas precocemente antes que a doença atinja suas formas mais agressivas", afirma Borrelli. "É possível controlar os sintomas através de tratamentos clínicos e cirúrgicos, melhorando muito a qualidade de vida dessas jovens mulheres, mas, para isso, as pacientes devem ser acompanhadas por profissionais capacitados e treinados.", finaliza.

Se caso a mulher sentir algum destes sintomas ela deve procurar um médico ginecologista para fazer o tratamento da Endometriose.

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Oleh

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