domingo, 14 de dezembro de 2014

Rotavírus

DR.MOISÉS
Médico Pediatra

O rotavírus é um dos principais responsáveis pelas diarréias nas crianças. A infecção pelo rotavírus provoca especialmente gastroenterite que é uma infecção que agride o conjunto gastro-intestinal (estômago e intestino). A doença fica incubada de um a três dias.

Os sintomas mais comuns são vômito, febre e diarréia líquida constante. Afeta principalmente crianças e é responsável por 30% das internações de crianças com até 5 anos no País. Até os 3 anos de idade, quase todas elas já tiveram ao menos um contato com este vírus.

O primeiro contato com eventual infecção ocorre, normalmente, entre os 3 e os 24 meses de idade, quando ainda não se desenvolveram adequadamente as defesas contra esta infecção. O vírus se transmite de uma criança a outra através das fezes e às vezes através da saliva. O quadro se inicia com vômitos e febre, seguidos de diarréia que pode durar por até 7 dias.

A vacina
É uma vacina oral, aplicada em duas doses. Foi produzida a partir do rotavírus humano vivo, atenuado (enfraquecido). Ela é monovalente, ou seja, protege contra o grupo G-1 (há outros subtipos – G-2, G-3, G-4 e G-9 - que provocam a doença).

Quando aplicar
A primeira dose deve ser aplicada entre 6 semanas (1 mês e meio de vida) e 14 semanas (3 meses e 7 dias) de vida e a segunda dose após 4 semanas (entre 3 meses e 7 dias e 5 meses e meio de vida). O Brasil foi o primeiro país a incluir a vacina contra o rotavírus na rede pública de saúde (desde março de 2.006), disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A vacina obteve registro este ano (2.006) no País pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi testada em todos os continentes, em mais de 60 mil crianças. O estudo comprovou que a vacina contra o rotavírus é totalmente segura e eficaz.

Vacinação simultânea
A vacina oral contra rotavírus pode ser aplicada junto com a Salk, tríplice, tríplice acelular, haemophilus, hepatite B e Pneumocócica 7-valente. Para a Sabin, há a opção de se fazer junto ou pode-se aguardar 15 dias de intervalo. Não há estudos sobre a aplicação conjunta com a meningocócica (devendo ser evitada, por enquanto).

Quando não aplicar
A vacina não deve ser aplicada fora das idades indicadas. Adiar a vacinação na presença de quadro agudo febril moderado a grave. Não aplicar em crianças portadoras de imunodeficiências primárias ou adquiridas. Adiar a vacinação nas crianças com quadro agudo de gastroenterite. Não utilizar a vacina quando houver malfomação congênita (desde o nascimento) do aparelho digestório, história de doença gastrointestinal crônica ou história prévia de invaginação intestinal.

Cuidados ao administrar a vacina
Se a criança regurgitar ou vomitar, não repetir a dose. Nenhuma dose deve ser aplicada fora do período recomendado. Não há problemas relacionados ao consumo de líquidos ou alimentação (inclusive leite materno) antes ou após a vacina.

Reações
Não há, até o momento, reações adversas descritas com o uso desta nova vacina contra rotavírus.

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